Recortada na alva neblina
Perscruto, suave e lânguido,
Sinais do sentimento perdido,
Algo... em teu olhar de felina.
Salgado e só, navego à bolina
Com o altivo mastro partido
Contra a dor do vento temido:
Tua indiferença de menina.
Irai, ó espumas de sofrimento
Pois minha quilha não vergará mais
Sonhai com ondas de sentimento
Montanhosas, danadas, animais,
Dilacerando o negro momento
Mágoa, olhos, líquido... e sais.
(Carcavelos, 2003)
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Neste lago mudo as palavras falam muito e com grande intensidade.
ResponderEliminarSobre este poema leio-lhe solidão resultante de uma perda.
E já agora, obrigada por me tirar depressa do 13...
Bom domingo
Obrigado. Boa semana...
ResponderEliminarTens mesmo uma habilidade incrível para transformar as palavras em poesia! ;)
ResponderEliminarCheguei aqui através de amigos comuns e li o teu blogue todo (ainda é pequenino... eheheh...) porque gostei da tua poesia.
ResponderEliminarParabéns.
Abraço.
Tu és do melhor que tenho lido...
ResponderEliminarAinda é pequeno, mas deverá crescer ao seu próprio ritmo.
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