domingo, 5 de julho de 2009

Dói-me
O suave brilho da sua alma
Quando a sacra luz que emite
Não incide sobre mim.

Dóis-me
No eco das tuas palavras
Escoando
em crescente intensidade
(improvável eco exponencial)
Nas cavernas das minhas tempestades

Magoas-me
Com afiadas carícias,
Provindas do teu revolto ser
(Profundas, negras,... penetram-me)
Com o rebentar das ondas de variação
do teu corpo mulher

[Matas-me porque te adoro
E com esta morte, posso eu bem
Pois, como disse alguém
“O inferno... é já não amar”]

(Carcavelos, 2003)

6 comentários: