terça-feira, 27 de outubro de 2009

Ferido na corda

Teus olhos de lago
São fios de lâmina
Trespassam o meu ser
Com frieza metal
Tuas lágrimas, doem
Ácidas, e corroem
O que sinto e sou
Matam o que desabrochou

Palavras de adeus
O olhar, distante
Cortam-me a vida
Como horrendo diamante.


(Charneca de Caparica, 2009)

6 comentários:

  1. Que belo de triste...!

    Parabéns pelo blogue que não pára de crescer*

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  2. Que lindo poema,LagoMudo, um pouco triste..
    Beijos

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  3. Este é o segundo da série "Tempestade". É capaz de ser o mais dorido da série... depois me dirão se concordam. Obrigado pelos comentários...

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  4. Lago, sinto que este poema está no cerne da tempestade, como se pertencesse ao núcleo central/essencial de um tornado... tem mta dor, expressa um profundo sentimento de desgosto e perda...mas o import é que ela te traga bonanaza posterior, raios de sol que abençoem a tua alma com calor e tranquilidade.
    um conselho - reencontrata-te com o (a)mar...

    bom domingo para ti!

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  5. Muito sentido, muito dorido, de uma tristeza indizível...
    A necessidade de um reencontrar-se..., para sarar essa dor..., mas, por vezes, a ferida, a marca fica tatuada, o passado passou, mas ficou em nós, foi vivido e, nem sempre conseguimos esquecer...

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