Gáudio de vista
É o lembrar-te, Lira,
Trinando minh’alma
Em redemoinhos de mel
Orgiástica ventura
Libertária, suprema,
Tua mão, minha pena
Oh ausência dura e cruel
Suposição de loucura
Granada que, por amor,
Explode em águas profundas
No abismo frio e escuro
Onde monstros sanguinários
Vivem, sofrem, doem,
Morrem...
Sob os cascos fendidos das Fúrias
Sob as derrocadas, longas e despojadas,
De personas lúgubres e mirradas.
A altitude enjoa, agora.
Oh Corpo de Gigante Irado
Enebriado de sal e gemas
Jóias de luz esperançada,
Cor, símbolo de vida
Chaga de inconsciências aveludadas.
Oh, Vôo de ave cega e desdenhada.
(Lisboa, 2004)
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"...vôo cego a nada..." Reinaldo Faria
ResponderEliminarque dramático!
ResponderEliminarcontinuo a ter curiosidade por poemas mais actuais :)
noite feliz, Lago
Os que tenho escrito ultimamente... são piores ainda, em termos de dramatismo... é sempre preciso ter cuidado com o que se deseja. (se insistires, ainda aparece uma tempestade no lago)
ResponderEliminarinsisto, haja tempestade e publica lá um actual, Lago ;) - tenho mesmo curiosidade
ResponderEliminarquanto ao outro blog, à semelhança de outros, é aberto e fechado...tal como tb este actual talvez será...sou impermanente como água que sou :) portanto, só eu passo a ser a única leitora, não te sintas desprezado mas agradeço mt a tua consideração e, já agora, qual é o dito poema?
tudo de bom para ti e bom feriado que se avizinha
um sorriso
Belo poema... Parabéns!
ResponderEliminarGrata pela visita,
Beijinhos,
Ana Martins
Que poema... fico sempre assim "...", sem palavras a ler-te e a reler-te, falas mesmo muito bem com as palavras!
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