Oh, gárgulas da Memória
Protegei-me do amor
Sobre muros sem glória
Ventos uivando na dor
Dos heróis da História
Em seu último estertor.
Ventos uivando na dor
Silenciem as sereias
Pois traição e pavor
São de Eros as correias
Lançadas sem pudor
Aos que baixam as ameias.
São de Eros as correias
Quebradas por ti, solidão
Que agridoce, presenteias
Quem não tem perdão,
Com menos amargas ceias
Que ao comer invertido pão.
Lisboa, 2009
terça-feira, 27 de abril de 2010
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Vi algas agora mesmo,
Primitivas e ondulantes,
No pesadelo irado do concreto.
Senti-as... mesmo agora, no pêlo eriçado
Por prazeres do não-senso;
Toques líquidos, amores pretensos.
Salgada na boca de seda
Vem a onda. Agora! Vem!
Feromona quimiotática
Atrai-me ao suspiro,
Soberano e bravio,
Como quem nem folgo tem
Para soprar o lento mar.
Charneca de Caparica, 2005
Primitivas e ondulantes,
No pesadelo irado do concreto.
Senti-as... mesmo agora, no pêlo eriçado
Por prazeres do não-senso;
Toques líquidos, amores pretensos.
Salgada na boca de seda
Vem a onda. Agora! Vem!
Feromona quimiotática
Atrai-me ao suspiro,
Soberano e bravio,
Como quem nem folgo tem
Para soprar o lento mar.
Charneca de Caparica, 2005
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