Tenho medo do céu primitivo
Temo as suas cúpulas de ouro
Que se dilaceram em farpas d’alma
Perfurando-me o âmago de ser
E a origem da minha vida irada.
Sonho mudo, em carreiras perdidas
Algures...
Entre a amizade e o pranto
Do mito do Esperanto
À inócua incompreensão universal.
Não supero o algo que me alimenta
Escoando no súber a negra oferenda
Que me tortura em lagos de prata
E me sonha como o nada que embala.
Charneca de Caparica, 2005
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Muito belo, Lago
ResponderEliminarLindo poema.
Obrigada pelo carinho.
Beijinhos
Ainda bem que gostaste, Sonhadora. Este, e os próximos têm uma voz algo diferente dos que tenho colocado aqui. Talvez mais surrealistas e abstractos. Compreendo não gostarem deles...
ResponderEliminaradorei as 2 últimas frases...traduzem tristeza, nada e beleza.
ResponderEliminarQue trágico, fico feliz por ter sido parido no (não) tão longínquo ano de 2005...
ResponderEliminarAbraço
V
e que tal uma tempestade de paixão para 2010, Lago?;) um bom ano para ti!
ResponderEliminarO que será, será... Um ano poético para todos!
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