Gáudio de vista
É o lembrar-te, Lira,
Trinando minh’alma
Em redemoinhos de mel
Orgiástica ventura
Libertária, suprema,
Tua mão, minha pena
Oh ausência dura e cruel
Suposição de loucura
Granada que, por amor,
Explode em águas profundas
No abismo frio e escuro
Onde monstros sanguinários
Vivem, sofrem, doem,
Morrem...
Sob os cascos fendidos das Fúrias
Sob as derrocadas, longas e despojadas,
De personas lúgubres e mirradas.
A altitude enjoa, agora.
Oh Corpo de Gigante Irado
Enebriado de sal e gemas
Jóias de luz esperançada,
Cor, símbolo de vida
Chaga de inconsciências aveludadas.
Oh, Vôo de ave cega e desdenhada.
(Lisboa, 2004)
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
?Original
“Chove lá fora”
Como início de poema
Nada tem de original
Começando p’lo tema
Nada neste colabora
Para uma arte desigual
“São anjos que choram”
Assim o poeta diria
Eu, jamais fui tal
Lágrimas de maresia
Na minha face rolam
E a chuva não tem sal
“Anjos alvos que agora”
Anjo, conheço uma
É demónio por igual
Lembro-a na doce bruma
Onde mia paixão mora
Céu, inferno pessoal
“No meu coração moram”
Nada mais tem guarida
Que o meu sangue vital
Memórias tuas, querida
Belas, gloriosas, decoram
Todo o meu córtex cerebral
(Boston, 2001)
Como início de poema
Nada tem de original
Começando p’lo tema
Nada neste colabora
Para uma arte desigual
“São anjos que choram”
Assim o poeta diria
Eu, jamais fui tal
Lágrimas de maresia
Na minha face rolam
E a chuva não tem sal
“Anjos alvos que agora”
Anjo, conheço uma
É demónio por igual
Lembro-a na doce bruma
Onde mia paixão mora
Céu, inferno pessoal
“No meu coração moram”
Nada mais tem guarida
Que o meu sangue vital
Memórias tuas, querida
Belas, gloriosas, decoram
Todo o meu córtex cerebral
(Boston, 2001)
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Contemplativo desespero
Estou só
Solto
Etéreo por sobre mim
Contemplo-me pesaroso
Contemplo-o
Liberto
Imaterial
Componho a massa lenta
De uma emergente empatia
Por ele... por mim
A Dor
Partilho
Ele revê-se na não-dor
Esta reprime com pudor
Vazio
Amorfa
Pesada
É esta empatia p’lo desespero
Emudecido, mas presente
Sinto-o
De fora
De mim
Revejo labirintos de
Mentira, de rubro sangue
Derramado
Tão só
Tão sua
Que lágrimas apenas escorrem
Na íntima face de dentro
Da alma
(Boston, 2002)
Solto
Etéreo por sobre mim
Contemplo-me pesaroso
Contemplo-o
Liberto
Imaterial
Componho a massa lenta
De uma emergente empatia
Por ele... por mim
A Dor
Partilho
Ele revê-se na não-dor
Esta reprime com pudor
Vazio
Amorfa
Pesada
É esta empatia p’lo desespero
Emudecido, mas presente
Sinto-o
De fora
De mim
Revejo labirintos de
Mentira, de rubro sangue
Derramado
Tão só
Tão sua
Que lágrimas apenas escorrem
Na íntima face de dentro
Da alma
(Boston, 2002)
terça-feira, 1 de setembro de 2009
A minha dor
Lágrimas inconstantes
Humedecem a neblina
Que, como uma mão extremosa,
Afaga as lápides com os
Gélidos dedos da ausência
De Amor...
Humedecem a neblina
Que, como uma mão extremosa,
Afaga as lápides com os
Gélidos dedos da ausência
De Amor...
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