sábado, 8 de agosto de 2009

Mãos

Fixo-as apenas
Não as metaforizo, não as canto
Não me perco em vãos poemas,
Em longos e tediosos temas,
Em colunas de alabastro
De sonho mármore cravadas,
Descobertas ou pintadas
Longas como cordas ancestrais.

Olho-as, nada mais...

...um pouco mais confesso
Breves clarões sensuais
Que nem chegam a pensamentos,
São luzes, são vitrais,
Matizes de fantasiar.
Meu corpo percorrem
Ao som de um toque irreal
Ondas surreais e concêntricas
Emanam da luz, que assim
Se reflecte, na sua forma divinal.

(Lisboa, 2004)

4 comentários:

  1. adorei a última estrofe...do contemplar ao imaginar...um toque...que se torne...poesia.

    bj meu

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  2. gestos poéticos os afagos das mãos
    um abraço
    luísa

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  3. Fantástico!
    Amei!
    As mãos..., adoro mãos, falam tanto, dão tanto!
    Beijo

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