Lago mudo e negro,
Quanta comiseração emana
Da tua pupila de ébano...
Seixo, frio, na minha mão
Ordem corrompida, semi-caos temporário
(Ao tocar a curva superfície da perfeita água, a ordem local é subvertida por espasmos de formas, espumas cinéticas, estranhas danças caóticas de universos de moléculas... por escassos segundos apenas; logo, ainda antes da seguinte revolução, o tecido universal ordena círculos concêntricos, perfeitos, que se expandem à velocidade do belo)
Beleza geométrica, maravilhosa dor eterna...
(Escócia, 2003)
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Lindo... cinéticas/moléculas. Li-o a cantar... à "velocidade do belo" tive de o reler, e mais uma e outra vez.
ResponderEliminarhumildevaidade,
Fico feliz por teres gostado, pois este desperta em mim uma bela recordação: lançar seixos ao Lago Ness, envolvido pelo silêncio absoluto do crespúsculo da meia-noite.
ResponderEliminare nessas elipses, espelhamos os nossos sonhos, desejos e divagamos nessa mesma observação...
ResponderEliminarJá estiveste na Escócia? Deve ser um país espectacular!... só hoje, vim aqui ao teu arquivo e li este poema. Gostei mto mesmo
ResponderEliminarFoi à beira do Loch Ness que escrevi estas linhas, sim.
ResponderEliminarCheguei aqui por acaso... e, por acaso, fui lendo. Gostei dos teus poemas.
ResponderEliminarBom fim de semana