quinta-feira, 25 de março de 2010

(Morde-me agora! Porque não?)

Sinto-me pouco.
Estou de prata e de cetim
No quadro velho de uma igreja.

Cristo morto, viva nós!!

Ardem sentidos, ardem como uma lareira
Que aquece e dói, em brilhos lineares.
E fumos vagos em longas espirais
Redemoinham suaves, sem um bom fim.



(Charneca de Caparica, 2005)