quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Árvore sem folhagem, ouve o meu pedido,
De longo restolho fendido,
Imploro a tua sinceridade...

Humilde,

rastejo,

Na sublime sinceridade,
De um sobrolho de um velho
Face à candida, cruel, verdade.

Peço
o Mar sem anéis da lástima dourada,
Peço
o Ângulo sem papéis, sem a púdica amizade

Peço
o Grânulo de mim em calmarias desperto

Quero o sonho de, por fim, ter Ângulo e ter Mar... e que não me cravem unhas no peito aberto.



(Boston, 2004)

6 comentários:

  1. eis uma prece para que o (a)mar seja doce abraçar e não salgado soluçar... que sejas feliz, Lago! sorriso de boa noite

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  2. Nesta altura, em 2004, escrevia poemas algo tristes, mas ainda contemplativos. Tem sido muito bom partilhar aqui estes alguns dos outros, menos duros, mais ligeiros, ou mesmo alegres. Mas estou com cada vez mais vontade de seguir o teu repto e partilhar os mais recentes. Mas só o farei com uma condição (que se aplica a quem mais ler estas minhas palavras): que critiquem negativamente se não gostarem (eu quero mesmo saber a vossa opinião). Sorriso também para ti, (e para todos os que lerem).

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  3. Lago, eu fico satisfeita por aceitares o repto e acredita que serei sincera na crítica ;) aguardo então para mt breve a tua poesia actual. semana feliz! luz e paz

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  4. É claro que não foi por acaso!
    Passei a conhecer o poema através do Lago, e a sua publicação é uma "muda" homenagem aos poetas, Pessoa e Lago!
    Um abraço.

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  5. Não tão muda... segredada talvez... com discreta intensidade ... mas nada muda.

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